27 de maio de 2014

Trindade

Depois de aproveitar muito, chegou a hora de zarpar para a próxima etapa da viagem, Trindade. Depois de conversas com a galera de Itamambuca, ficamos sabendo que não seria preciso voltar para Ubatuba e pegar um ônibus ou Van de lá. Um ônibus passava na entrada e iria para a fronteira entre São Paulo e Rio de Janeiro, de lá outro ônibus nos levaria para Patrimônio para pegar um terceiro e, enfim, chegar ao destino. Muita complicação para fazer apenas 49 km, tudo isso devido a uma burocracia entre os 2 estados, uma Linha de ônibus entre Ubatuba e Trindade pelo menos uma vez por dia facilitaria muito. Como fizemos alguns amigos, conseguimos uma carona até Patrimônio e de lá ficou mais fácil chegar, o que, com certeza, compensa todos os empecilhos.
 
 
As primeiras impressões da cidade foram as melhores possíveis, para chegar até a vila, é preciso seguir por uma descima bem íngreme, chamada pelos locais de "puta que pariu", o nome diz tudo. Se não tiver com o carro em boas condições não tente, a volta é complicada. A primeira praia (de muitas outras) que podemos avistar é a do Cepilho, única que estivemos que possui ondas pra praticar surf. Todas as outras são bem calmas, como enseadas, ideais para a prática de Stand Up Paddle. Não visitamos as praias Brava, Do sono (a mais bela segundo locais) e a Figueira (nudista). Com certeza gostaríamos de ter ficado mais tempo além dos 3 dias, mas vacilamos, a cidade não possui um único caixa eletrônico e a maioria dos estabelecimentos não aceita cartão de crédito ou débito. Paraty é há apenas 30 minutos de ônibus q saem de hora em hora. Falta estrutura para a praia, mas talvez por isso ela conserve o charme. Algumas agências oferecem passeios de escuna entre outras coisas. Optamos por fazer apenas trilhas. As praias mais animadas são a dos Ranchos, onde ficamos hospedados no camping Mar y Sol, e a do Meio, igualmente bela. Nessas duas praias rolam baladas à noite em alguns dias, e uma música ao vivo em uma loja de nome Nó Cego, que junto com o bar do Che Lagarto e  alguns restaurantes, são a vida noturna do local.
Uma trilha fácil de uns 15 minutos saindo da praia do Meio leva à mais bela das que visitamos, a do Caixa D'aço, longa, de areia fina, calma e com apenas um bar, vale perder a tarde aqui. Para os que curtem uma caminhada, outra trilha um pouco mais difícil de uns 25 minutos no fim da praia leva à famosa piscina natural. Vale a caminhada, os preguiçosos ou os mais velhos, podem pegar um barco que sai da praia do Meio ao custo de R$ 10,00 por trajeto. Além da beleza natural, o local é mágico, tem uma energia sensacional, um estilo meio hippie, mas de uma atmosfera vibrante, excelente para conhecer novas pessoas e jogar conversa fora. Paquera também rola solta, aconselhamos 5 dias nesse pedaço um pouco esquecido e aconchegante do mundo. Relaxar, badalar, caminhar nas areias, fazer trilhas, visitar algumas cachoeiras, praticar Surf ou Stand Up, passear de barco, ou simplesmente relaxar em um bar da praia dos Ranchos ou na areia de alguma das belas praias da região, aqui conseguimos entender realmente o significado do termo "dolce far niente". Trindade deixou muitas saudade e com certeza tventaremos voltar mais vezes.